Certa de sua decisão, uma mãe britânica mantém a gestação da quarta filha mesmo sabendo que a menina não deve resistir ao nascimento. Apesar da opção de interromper a gravidez nunca ter sido nem mesmo considerada por Hayley Martin ou o marido, Scott, o objetivo principal é conseguir fazer a doação de órgãos da criança.

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Pais sabem desde a 20ª semana de gravidez que a filha não vai resistir após o parto, então escolheram a doação de órgãos
ITV/Reprodução
Pais sabem desde a 20ª semana de gravidez que a filha não vai resistir após o parto, então escolheram a doação de órgãos

Hayley, de 30 anos, descobriu nos exames que realizou na 20ª semana de gestação que a filha tem um problema genético raro. A pequena Ava nascerá sem os rins e também não está se desenvolvendo em líquido amniótico suficiente, por conta disso, os pulmões serão mal formados. A doação de órgãos é uma maneira que a mãe encontrou para lidar com a perda da menina que ainda nem mesmo chegou ao mundo e ainda ajudar bebês que precisam de um transplante .

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“Nossa filha vai morrer, não importa o que fizerem com ela, então, se pudermos tentar salvar outros pais do sofrimento que estamos passando, tudo valerá a pena”, diz em entrevista publicada no site britânico “Metro”. Para a mãe, o fato dos órgãos da filha estarem em outras crianças significa que a bebê não terá morrido por completo.

Situação delicada

Assim como é esperado para uma gestante que já passou dos cinco anos, Hayley consegue sentir Ava dentro do útero. Entretanto, ela sabe que não terá sua filha em seus braços após o parto. “Até mesmo ver mulheres grávidas na rua ou crianças no supermercados pode me fazer chorar.”

A tristeza que sente agora, porém, é também o que motiva os pais a criarem algo positivo da experiência pela qual estão passando. “Por que dois bebês têm de morrer se um deles pode ser salvo [com a doação dos órgãos]?”

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Para que a doação de órgãos possa ser realizada, Ava precisa nascer com ao menos 2,5kg. Os médicos ainda não sabem o que poderá ser aproveitado, mas as válvulas cardíacas, células do fígado e pâncreas são fortes candidatos à doação. A data do nascimento da bebê era 25 de janeiro, mas o parto vai ser antecipado para a semana do Natal. Os pais também estão criando um projeto para ajudar famílias que decidiram seguir com uma gestação apesar de um diagnóstico fatal.

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