Um novo estudo aponta que mulheres grávidas que sofrem com distúrbios do sono, como apneia do sono e insônia, podem ter quase o dobro de risco de ter um parto prematuro, antes da 37ª semana de gravidez , em relação às mulheres gestantes que não apresentam distúrbios.

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Estudo identifica que distúrbios do sono durante a gravidez são fator de risco para um parto prematuro
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Estudo identifica que distúrbios do sono durante a gravidez são fator de risco para um parto prematuro

O estudo, publicado na revista norte-americana “Obstetrícia e Ginecologia”, aponta que a porcentagem de partos prematuros em mulheres que sofrem com distúrbios do sono foi de quase 15%, enquanto em mulheres sem o distúrbio a porcentagem foi de 10%.

Além disso, a chance de parto prematuro também foi analisada em casos de insônia e apneia do sono. No primeiro caso, as chances de ter um bebê prematuro foi duas vezes maiores do que em mulheres sem o distúrbio. No segundo caso, menos da metade.

Os médicos consideram como bebês prematuros aqueles que nascem mais de três semanas antes do previsto. Em todo o mundo, aproximadamente 15 milhões de bebês nascem prematuramente a cada ano. Entre estes, mais de um milhão morrem de complicações relacionadas ao parto. Enquanto outros desenvolvem deficiência auditiva, apresentam dificuldades de aprendizagem quando ficam mais velhos e, em casos mais graves, tem paralisia cerebral.

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Detalhes do estudo

Para chegar a esses resultados, foram analisados 2265 mulheres com diagnóstico de distúrbios e transtornos do sono durante a gestação. O resultado conseguido a partir dessa análise foi combinado com os números de mulheres que não tiveram esse diagnóstico, mas tiveram fatores de risco para parto prematuro. São estes: tabagismo durante a gravidez ou hipertensão. 

Os especialistas consideraram o resultado positivo na medida em que ao descobrir que problemas durante o sono são um fator de risco é possível buscar soluções para abaixar os números de mulheres que têm parto prematuro. De acordo com eles, identificar o quanto antes um distúrbio e tratá-lo pode garantir um parto mais saudável. 

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"O mais animador sobre este estudo é que os distúrbios do sono são fatores de risco potencialmente modificáveis", afirma Jennifer N. Felder, uma das pesquisadoras responsáveis, em entrevista ao site em que o estudo foi publicado.

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