Há tempos pesquisadores buscam se gripes e infecções nas futuras mamães podem gerar consequências para o feto. Um estudo recente da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, reforça a ideia de que a febre durante a gestação pode aumentar o risco de ter um filho com autismo

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Febre e gripes na gravidez podem aumentar risco de autismo no bebê, dizem estudos
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Febre e gripes na gravidez podem aumentar risco de autismo no bebê, dizem estudos


De acordo com a pesquisa, que teve o resultado publicado este mês no periódico especializado "Molecular Psychiatry", as chances de os bebês terem autismo aumentaram em 34% quando a grávida relatou febre em algum momento da gravidez. O número subiu para 40% quando a febre aconteceu no segundo trimestre da gravidez. 

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Detalhes do estudo

Os pesquisadores acompanharam mais de 95 mil ciranças nascidas entre 1999 e 2009 na Noruega. Aproximadamente 16% das mães relataram aumento da temperatura corporal durante a gestação e cerca de 600 crianças foram diagnosticadas com autismo. 

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O risco de autismo parece aumentar de acordo com frequência das febres nas mães. Segundo o estudo, as mulheres que tiveram esse problema três vezes ou mais depois da 12ª semana de gravidez tinham 300 vezes mais chances de ter um filho autista. 

A pesquisa ainda busca apontar as consequências dos medicamentos ingeridos pelas grávidas nos filhos. Nas mulheres que tomaram acetaminofeno no segundo trimestre, os riscos foram minimizados. Entretanto, o estudo mostra que nenhuma mulher que fez uso de ibuprofeno teve filho autista, mas como o número dessas mulheres foi muito pequeno, não é possível afirmar se há uma relação ou não da droga com o transtorno. 

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Outros estudos

Em 2012, outro estudo já apontava uma relação entre a gripe e o autismo. Na época, foram acompanhadas mais de 96 mil crianças da Dinamarca que haviam nascido entre 1997 e 2003. No final, foi notado que as mulheres que tiveram gripe durante a gravidez tinham até duas vezes mais chances de ter filhos com o transtorno.

Essa pesquisa foi publicada na revista especializada "Pediatrics", da Academia Americana de Pediatria, e ainda apontava que poderia haver uma relação também entre o uso o antibióticos e as crianças com autismo. Entretanto, eles fazem um alerta, dizendo que isso pode ter sido apenas pontual. 

A febre também havia sido tema da pesquisa. Quando as grávidas tiveram episódios, as chances de autismo passaram para três vezes mais. 

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