Durante muito tempo, os obstetras cortavam o cordão umbilical dos recém-nascidos o mais rápido possível. No entanto, essa prática está sendo questionada e pode mudar. Recentemente, o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) apresentou estudos recomendando que os médicos esperem alguns instantes para cortar o cordão.

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Esperar de 30 a 60 segundos para cortar o cordão umbilical pode impedir deficiência de ferro
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Esperar de 30 a 60 segundos para cortar o cordão umbilical pode impedir deficiência de ferro

De acordo com os pesquisadores, esperar de 30 a 60 segundos para cortar o  cordão umbilical  é essencial para a saúde do recém-nascido. Eles explicam que a prática permite que mais sangue volte para o bebê e forneça ferro extra, o que é essencial para o desenvolvimento do cérebro da criança. 

No caso de bebês prematuros, retardar o corte é ainda mais importante. Além de impedir possíveis casos de deficiência de ferro, essa espera pode ser cruciar para impedir outras complicações. Fazer isso pode reduzir a incidência de hemorragia intraventricular ou hemorragia no cérebro e impedir a ocorrência de enterocolite necrosante, uma infecção intestinal grave. 

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Histórico

No início do século XX, era uma prática comum esperar alguns minutos antes de cortar o cordão. Porém, os obstetras começaram a cortá-lo imediatamente após o parto por conta de uma crença equivocada de que isso reduziria o risco de hemorragia na mãe. Então, os pediatras iam logo cuidar do bebê enquanto os obstetras corriam para cuidar da mãe. 

Como deve ser feito

Com as novas pesquisas e a recomendação de esperar um pouco, os pesquisadores orientam que durante este tempo o bebê pode ser seco e coberto com uma toalha para manter o calor. Em seguida, ele pode ser colocado no abdômen ou no peito da mãe para descansar. Caso seja uma cesárea, os médicos devem segurar o bebê durante esse tempo. 

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Exceções

Os pesquisadores também alertaram sobre exceções para essa prática. O corte imediato do cordão umbilical pode ser necessário se a mãe ou o bebê precisem de cuidados médicos urgentes, por exemplo, caso o bebê não comece a respirar imediatamente e precise ser transferido rapidamente para uma mesa de aquecimento com o equipamento médico necessário. 

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