Em meio à pandemia do novo coronavírus  (Sars-coV-2) e o enrijecimento das medidas de isolamento, Camila de Paula, de 38 anos, viu sua agência de marketing digital ameaçada. Foi então que ela começou a conversar com um seguidor pelo Instagram. Em relato à Marie Claire , a jornalista explicou como uma paixão acabou lhe rendendo o diagnóstico positivo para Covid-19

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Mulher olhando para o celular
Pexels/Mikoto.raw
Mulher olhando para o celular

"Desde o início das notícias sobre a Covid-19 no mundo, tive muito medo. Quando estourou no Brasil, cancelando as aulas escolares, senti mais medo ainda. Nesse período, preferi deixar meu filho isolado com meus pais no sítio por ele ter comorbidade respiratória. Contudo, me sentia muito só o tempo todo e apreensiva. Somado a isso, minha vida profissional desmoronou, como era de se esperar", iniciou a jornalista .

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"Foi nessa fase que o Daniel apareceu. Nós nos conhecíamos por redes sociais havia uns dois anos, mas não temos ideia de como fomos parar no perfil um do outro. Ele curtia meus posts de vez em quando, sempre com o maior respeito. Num belo dia, gostei de uma postagem e parei para olhar melhor seu perfil".

"Passamos alguns dias assim, conversando muito sobre vários assuntos comuns, sempre por telefone, respeitando o isolamento. No dia 29 de março, nos vimos pela primeira vez. Eu tive toda a confiança em marcar na minha casa mesmo. Assim, ao menos fugíamos de aglomerações, furando o isolamento apenas um pelo outro. Ele veio no seu próprio carro, o protocolo ainda nem exigia máscara".

"Começamos um namoro em plena quarentena. Nos mantínhamos seguros. Porém, no dia 27 de abril, o avô do filho dele passou mal, ele correu para ajudar a socorrê-lo. O fato é que em primeiro de maio, que caiu em uma sexta-feira, ele, que já se sentia gripado há uns dias, começou a sentir febre".

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"Um dia ele ficou com muito medo da intensidade da falta de ar e correu até a minha casa. Medimos a sua oxigenação, estava baixa, e corremos para um hospital. Depois desse episódio decidimos passar uns dias na casa dele até a doença [a Covid-19 ] passar. Assim, um cuidava do outro. Ele perdeu os pais muito jovem e, por mais que tivesse familiares e amigos próximos, certamente também se sentia só", finalizou a jornalista .

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