Subiu para 87 o número de relatos de assédio sexual por parte de Marcos Scalercio, juiz do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região). Informações divulgadas em nota pelo movimento Me Too Brasil revelam que, desses relatos, 18 foram encaminhados como denúncia ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e dois ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP).
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Até o presente momento, três mulheres que denunciaram Marcos já possuem processos abertos na justiça.
Em nota, a Me Too Brasil declara esperar que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) dê prosseguimento ao inquérito judicial em andamento para que o acusado seja responsabilizado conforme a lei.
A organização afirma ainda que tem prestado assistência jurídica, psicológica e socioassistencial às vítimas do juiz em parceria com o Projeto Justiceiras, força-tarefa que reúne profissionais do Direito, Psicologia e Assistência Social em prol do direito da mulher no Brasil.
“Esperamos que o caso seja exemplar no combate ao assédio e violência sexual praticada cotidianamente contra as mulheres nos ambientes de trabalho e por agressores que abusam de suas posições de poder”, declara o movimento.
Marcos foi previamente acusado de assédio por colegas de trabalho e estagiárias do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), onde exercia o cargo de juiz, e do colégio Damásio Educacional, cursinho onde lecionava até o seu afastamento na última segunda (15).
O magistrado Scalercio é representado pelo escritório Capano, Passafaro Advogados Associados e nega todas as acusações.