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Reprodução Instagram
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Os amigos dos filhos de Leka descobriram recentemente que ela fez parte do “Big Brother Brasil 1” . E ela nem escondia a informação. Mas só agora, que são adolescentes, é que eles entenderam a dimensão do programa.

— Percebi um enorme benefício nisso tudo. Ex-“BBB” é como se fosse anjo, não tem idade. Eles devem me achar mais nova do que quando entrei. E acharam o máximo saber disso. Ficou parecendo que agora sou tia Xuxa — diverte-se a empresária de 45 anos, que entrou em 2002 no reality, com 27.

Falar do reality em casa nunca foi um tabu . Primeiramente, porque as crianças (Giovanna, de 13 anos, e Gabriel, de 10) sempre a viam sendo parada na rua. Mas também porque, desde a entrada no confinamento, tornou-se difícil não lembrar do quadro de bulimia que a paulistana enfrentou em rede nacional na TV.

— Assim que tive uma filha, minhas terapeutas falavam: seja o mais honesta possível. Claro que Giovanna percebe se eu estou de dieta, ou se estou comendo diferente, malhando muito. Eu trato a compulsão e a bulimia está dentro desse “guarda-chuva”. É algo que vou tratar para sempre. À medida em que fui ficando mais velha, adquiri mais ferramentas para lidar com tudo isso. Já me livrei de boa parte do problema, mas ele está ali.

Durante muito tempo, Leka se perguntou por que não levou a discussão da bulimia para dentro do reality. A chave só virou ao ver a filha crescer . As inseguranças da menina com o corpo a fizeram lembrar de experiências que ela também viveu. Das conversas entre as duas surgiu a ideia de escrever um livro.

— Minha geração era obcecada pela magreza. A de hoje, busca os padrões inalcançáveis dos filtros do Instagram. Senti que precisava fazer algo como mãe. Além das conversas, eu me expressava com minha filha por cartas, crônicas com situações que vivi. Até que uma amiga me deu o start de que isso deveria virar um livro. Vai ser como se fosse uma carta para a minha filha, mas que também pode servir a toda uma geração — adianta Leka.

A autora estreante recorre ao humor, como faz em tudo na vida, para narrar as situações, que têm muita pesquisa envolvida também.

— Criei personagens para as minhas dores. Quero fazer disso algo leve. Percebi que o que me incomodava antes, ao ser sempre perguntada sobre a bulimia, é que expus em um momento que nem eu sabia lidar direito com o problema. Tanto que tive uma crise dentro do reality. E vinham com um discurso pronto para mim. Agora, eu me apropriei da minha história. E senti a responsabilidade por ter sido uma das primeiras a tocar nesse assunto publicamente. Escrever tem sido a melhor terapia da minha vida.

Lado fashion

Além de escritora, Leka tem uma marca de moda praia. O body é o carro-chefe, como este que ela ataca de modelo na foto abaixo.

— Cada mergulho é um flash (risos). Tenho a marca há seis anos, é um estilo que adoro, desde a época em que fazia balé. Usei das minhas próprias ‘nóias’ com o corpo para criar uma peça firme e que deixe a mulher segura com a roupa — diz.

No ‘‘BBB’’, dava para ver que Leka era antenada com o mundo fashion da época. Hoje, no entanto, a paulistana consegue dar risada do que um dos looks causou.

— Eu usava muito uma sandália de salto, horrorosa, mas que na época era legal. E teve um dia que eu estava me arrumando, me achando, saí do quarto, ela arrebentou e eu caí de boca no chão. Falaram desse mico à la “Os trapalhões” por meses.

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