A britânica Frankie Considine, de 28 anos, diz que o vício em sexo quase destruiu sua vida. Ela conta que, desde que perdeu a virgindade - aos 14 anos - já dormiu com mais de 130 homens, chegando a transar com 4 deles em um único dia.
“Eu só conseguia funcionar e fazer minhas obrigações do dia se soubesse que, em algum momento, haveria sexo ”, explica ela, que conta se relacionar predominantemente com amigos de amigos e ex-namorados, mas também com pessoas que conhece em aplicativos de encontros.
Frankie foi diagnosticada como viciada sexual há apenas dois anos, mas convive com o distúrbio desde que consegue se lembrar da sua vida sexual. “Perdi minha virgindade aos 14 e, aos 16, iniciei um namoro de quatro anos. Mesmo que eu o amasse, não conseguia evitar as traições ”, recorda ela, em entrevista ao portal The Sun .
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O quadro, então, piorou após o falecimento da sua mãe. “Quando minha mãe morreu eu tinha 20 anos. Terminei o namoro e comecei a usar o sexo para lidar com o luto. Eu estava desesperada por atenção e contato com outras pessoas e essa foi a maneira que encontrei de lidar”, diz.
Foi nessa fase que Frankie conta ter se envolvido com a maior quantidade de homens. Foi quando viveu o episódio de quatro transas em um único dia. “Eu tive um encontro pela manhã, nós ficamos e depois eu levei meu carro para o mecânico. Naquele dia eu ainda dormi com o mecânico e um amigo e, logo depois, saí para outro encontro”, relembra ela.
Além da forma como o sexo absorveu sua vida prática, a mulher diz que as outras relações interpessoais também ficaram de lado, trazendo problemas. “Eu desmarcava qualquer coisa com amigos se fosse para transar. Eu inventava doenças no trabalho. Me tornei ausente”, diz.
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Como praticava todas as relações sem proteção ou anticoncepcionais - conta ela - as infecções também não demoraram a aparecer. “Tive muitas IST’s . Fui infectada com o vírus HPV em 2013 e depois cheguei a ter clamídia duas vezes”, conta ela.
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O maior problema, porém, surgiu em 2014, quando Frankie descobriu que estava grávida . “Eu não fazia ideia de quem poderia ser o pai. Tinha cinco ou seis opções e não poderia recorrer a ninguém. Foi quando tomei a decisão de um aborto”, conta. Para Frankie, o episódio foi decisivo para que ela procurasse ajuda.
Na terapia, ela entendeu a raiz de alguns dos seus problemas e recebeu o diagnóstico de vício em sexo. “Foi um alívio para mim perceber que eu não era um monstro, que muitas das coisas não eram minha culpa”, explica ela. Segundo Frankie, o principal motivador para o seu vício era a necessidade de atenção.
“Meus pais se divorciaram quando eu tinha 13 anos. Fiquei com meu pai, que é taxista e passava o dia inteiro fora de casa. Eu lembro de procurar chats na internet para conseguir conversar com alguém”, lembra.
Hoje, Frankie diz que seu tratamento envolve mais calma e consciência nas relações. “O sexo funciona como uma droga pra mim, eu sei que me faz mal. Por isso, quando conheço alguém, vou com calma, quero conhecer a pessoa”, diz ela.