Se você tem uma vagina, você provavelmente tem um ciclo menstrual e passa por alguns dias relativamente desconfortáveis ao menos uma vez por mês. Para algumas mulheres, ficar menstruada é tranquilo, enquanto para outras é um pesadelo em que sair da cama se torna impossível e os absorventes comuns não suprem as necessidades. Em razão de atividades como natação – em que torna-se impossível usar um absorvente comum –, do fluxo muito intenso ou até de aversão a sangue, algumas mulheres preferem usar o absorvente interno.

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Colocar um absorvente interno é simples, mas a primeira tentativa pode ser um pouco desconfortável
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Colocar um absorvente interno é simples, mas a primeira tentativa pode ser um pouco desconfortável

O absorvente interno vem em diversos tamanhos para que a mulher possa escolher o mais adequado para o próprio fluxo menstrual, mas para saber se ele é melhor ou pior que as outras opções, é preciso testar. Colocá-lo pela primeira vez, porém, pode ser um pouquinho complicado, e é possível que a moça não acerte logo de cara. Confira algumas reações e pensamentos que passam pela cabeça de alguém que está tentando usar um desses pela primeira vez.

Não vai rolar

Uma das principais preocupações na hora de inserir o absorvente (principalmente para meninas virgens) é a de que vai doer. É menos desconfortável do que parece ser, mas, à primeira vista, a vontade é de voltar a usar o bom e velho absorvente comum e deixar a piscina de lado.


Ok, você realmente quer nadar, então respira fundo, lê as instruções que vêm na caixinha e fica longos minutos sentada se preparando emocionalmente para aquilo.

Primeira tentativa

De acordo com a maior parte das instruções, primeiro você deve inserir o absorvente por completo na vagina e então empurrá-lo até que ele fique a pelo menos três dedos da abertura do canal. Você então se posiciona da maneira mais confortável possível para colocá-lo enquanto sua mente está pensando: “Ok, está tudo bem... Ou não... Ou talvez esteja... Na verdade não... Que coisa esquisita!”.




Foi?

Você empurra o absorvente até onde acha que é necessário, se certifica de que a cordinha está para fora e... É isso? Conseguiu?


De acordo com os fabricantes, o correto é não sentir que há algo dentro de si. Você se levanta, dá alguns passinhos e não sente nada. Vitória!

Não, não foi.

Você está feliz da vida achando que está tudo certo... Até a hora que se senta em algum lugar e sente que – definitivamente – o danadinho não está onde deveria estar.


A magia do aplicador

Empurrar aquele pedacinho duro de algodão para dentro da vagina pode sim ser bastante desconfortável. Pensando nisso, algumas marcas disponibilizam absorventes internos que vêm com um aplicador. O que? Aplicador?

Sim, aplicador! Ele funciona como uma seringa: você insere a parte do objeto que "abriga" o absorvente até a base e depois empurra o êmbolo da "seringa" até o fim. Dessa forma, você quase não sente desconforto e ele fica no lugar certinho.

Você viu?

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E agora, foi?

SIM! Sim, sim, sim! Você se senta, levanta, senta de novo, corre em círculos, faz uma dancinha e, finalmente, não sente que há algo incômodo dentro da vagina.

É um momento de muita emoção.

Será que vai vazar?

Tomada pela emoção, você fica dançando por aí feliz da vida fazendo movimentos mirabolantes para ter certeza de que está tudo certo e de que ele não vai sair dali. Ou vai?


O absorvente interno é feito para impedir que o fluxo siga seu caminho natural por até oito horas, então não, ele não vai escorregar para fora. Mas você continua pensando nele durante horas, com medo de que ISSO aconteça:



Depois de algum tempo, você percebe que ele realmente não vai te "surpreender" se for utilizado como a embalagem indica.

Vida nova!

Absorventes convencionais podem ser realmente desconfortáveis, principalmente para quem tem o fluxo muito intenso e precisa usar o modelo noturno, que, convenhamos, faz parecer que se está usando uma fralda. Com o absorvente interno, você pode ir à natação (ou não se preocupar com a possibilidade de alguém te jogar na piscina inesperadamente durante uma festa), usar roupas justas sem se preocupar com a possibilidade de o absorvente estar "marcando", se sentir mais confortável na academia ou praticando outras atividades físicas. As descobertas te levam a uma nova vida!


... Até você ouvir falar na Síndrome do Choque Tóxico

A Síndrome do Choque Tóxico (STC) é uma condição causada pela bactéria Staphylococcus aureus, que existe naturalmente no corpo da mulher. Quando há proliferação em excesso, as bactérias liberam a toxina que causa a doença (que é fatal), e o uso prolongado de absorventes internos podem desencadear o problema, já que o inchaço provocado pela absorção do sangue faz com que o produto inche e possa provocar fissuras na região.




Você instantaneamente acha que vai morrer, já começa a sentir os sintomas (febre alta repentina, vômitos, diarreia, cansaço extremo, confusão e tontura, entre outros) e começa a se perguntar como um pedaço de algodão pode ser tão maligno, mas o pânico dura pouco. Para que isso não aconteça, os fabricantes afirmam que é necessário usar um absorvente de tamanho adequado para o fluxo, além de respeitar a quantidade de horas que ele pode ficar dentro do corpo.

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A escolha é sua!

Usar o absorvente interno pode facilitar diversas situações. Se você se adaptar a ele na primeira, na segunda ou na terceira tentativa, ótimo. Se não conseguir se adaptar na primeira tentativa e não quiser mais tentar, tudo certo também. Cada mulher deve decidir o que se adequa melhor ao seu corpo e às suas necessidade.

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