Antes de mais nada, agradeço a oportunidade de falar sobre meu livro, que tem como objetivo plantar sementes para que sejam germinadas através da reflexão. Para viver a vida de uma forma mais leve, como sempre digo aos meus clientes: Não alimente o problema, pois ele cresce e você terá muita dificuldade em fazê-lo voltar ao seu tamanho normal; sua vida está 100% em suas mãos.
1. Como realizar uma mudança de vida?
Qualquer mudança de hábito para atingir uma melhor qualidade de vida depende, em primeiro lugar, de uma escolha pessoal. Lembrando que escolhas geram inevitavelmente ganhos e perdas. Não dá para ter tudo, mas se você priorizar o que você realmente deseja terá como recompensa o bem-estar que isso pode lhe proporcionar.
Não há momento ideal para começarmos essa mudança, o importante é termos a consciência que fazer o melhor para nós mesmos gera ao ambiente que estamos inseridos o melhor também.
2. Como parar de se sabotar?
A autossabotagem é uma ação contra nós mesmos por não nos sentirmos merecedores de algum benefício; é o medo de ser feliz. Você vai contra as mudanças que você gostaria na sua vida pois não consegue fazer. Não é uma tarefa fácil parar de se sabotar, já que esses aprendizados negativos estão em nosso inconsciente. Mas, sem a menor dúvida, é possível.
A busca do autoconhecimento ajuda a entender onde as crenças negativas foram originadas e, com isso, trabalhá-las para que consigamos revê-las e buscar uma nova forma de viver em um mundo mais próspero em todos os sentidos.
Experimente essa dica: identifique o tipo de autossabotagem; procure viver no momento presente, já que o passado nos serve só de referência para aquilo que vivemos; busque novas ideias que sejam possíveis, pois as não alcançáveis lhe causarão frustração e só lhe levarão a continuidade da autossabotagem. Terminada essa fase é a hora de traçar objetivos e tentar viabilizá-los com planejamento e estratégia.
3. Como dizer não?
Digo que o "não" pode ser visto como uma parada para se buscar um novo caminho e não como uma negativa. E que temos que estar seguros para dizer "não" a quem quer que seja e ficar em paz com essa atitude. O problema é que o "não" está sempre associado a magoar o outro, ir contra o desejo de alguém que se tem apresso.
Dizer "não" é deixar que o outro entenda qual é o seu limite, que trabalhe suas frustrações, o que é muito saudável para se viver em sociedade, e para buscar satisfação nesta vida em grupo e a lidar positivamente com frustrações.
As pessoas que aprendem a ouvir "não" na sua infância certamente se tornaram seres humanos muito menos frustrados na fase adulta.
Você viu?
Não é não!
Um adolescente que não estudou para uma prova, não foi bem por esse motivo, mas pretende ir a uma festa no dia seguinte mesmo após combinar com os pais que não sairia se não fosse bem na tal prova, não deve ir à tal festa. O "não" deve prevalecer e os pais tendem a dizer com culpa e isso complica a aceitação do filho. Se virem a não manter o combinado, os pais plantam para o futuro uma pessoa que poderá se tornar muito insistente e frustrada ao ouvir "não" de pessoas em seu trabalho ou em sua vida pessoal.
4. Desapegue
A palavra desapego nos remete a deixar para trás principalmente coisas materiais e, além disso, muitos sentimentos negativos como mágoas, medo, tristeza. Eles podem ser compreendidos e, após os entendermos, podemos desapegar, criando um espaço para ser preenchido com sentimentos mais agradáveis para vivenciarmos.
Claro que esses sentimentos são humanos e que faz parte senti-los, mas permanecer nesses padrões talvez signifique se fixar no conhecido, mas não no agradável. Afinal, tudo é passageiro, se o bom passa, o mau também.
O desapego nos traz liberdade e a sensação de que somos donos de nossas próprias vidas e que podemos construí-la de acordo com nossos desejos e necessidades.
Logo, ao se desapegar dos momentos ruins, nos fica a certeza de que podemos direcionar nossa vida para o melhor, o que nos leva a uma vida com mais qualidade e bem-estar.
5. Passos para a felicidade individual
A felicidade se encontra em caminhos distintos e muito pessoais. Existem muitas definições de felicidade, onde muitas filosofias e ciências a definem.
Ela move a humanidade, como um combustível a um automóvel. O mais importante é entender que a felicidade é uma escolha de qual é a melhor forma viver a vida e que essa ação nos traz a liberdade de ir e vir de uma maneira mais harmônica como autores de nossas vidas e não como vitimas à mercê da sorte.
A busca do equilíbrio nas várias áreas de nossas vidas, como pessoal, relacionamentos, profissional, financeira, saúde, entre outras, irá nos conduzir a momentos felizes.
E a felicidade é feita de momentos, quanto mais momentos somados, mais tempo passaremos por nossa vida nos sentindo bem. Afinal, as únicas certezas que temos é que um dia vamos morrer e que nossa única obrigação na vida é ser feliz.
* Formada em Psicologia desde 1989, Silvia Ligabue possui Certificação Internacional Wellness Coaching pelo National Wellness Institute. Especializada em Promoção da Saúde pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Pós-graduada em Terapia Cognitiva com base construtivista pela Universidade Paulista com curso de extensão na Universidade do Minho-Braga-Portugal (1996) e Co-fundadora da Sociedade Brasileira de Terapia Cognitiva. É autora do livro "Faça Escolhas, não terceirize sua vida", lançado pela editora Autografia em 2015