Já parou para pensar que experimentar uma prática em vez de apenas imitar o visual daqueles que praticam pode ser bastante prazeroso? Heitor Werneck, colunista do iG Delas, fala sobre verdade e aparências

Vamos falar de sexo e prazer? Vamos falar de liberar os próprios desejos, de dar asas à fantasia, e de busca uma vida mais autêntica e gostosa? Sabemos que rebeldia dá ibope. Hippie, rapper, punk, e agora, o fetichista “de boutique” são aquelas pessoas que usam acessórios associados a um determinado grupo – as batas indianas de antigamente, os coturnos dos anos 90, a gargantilha-coleira de agora – e fazem uma boa pose, mas não ousam sair de sua vida certinha.

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Realizar fantasias sexuais enrustidas pode dar mais prazer do que apenas
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Realizar fantasias sexuais enrustidas pode dar mais prazer do que apenas "fazer pose"

É claro que cada um vive como bem entende. Mas será que as pessoas não seriam um pouco mais felizes e teriam mais prazer se ousassem mais e experimentassem na pele aquilo que elas aparentemente admiram nos grupos com os quais se identificam, mas só imitam?

Hora de mergulhar nos desejos

Se o cara gosta de usar uma coleira apertadinha quando sai à noite, talvez ele possa ir um pouco além e deixar que uma gostosa dominatrix – ou um dominador, dependendo da preferência – puxe a coleira de verdade, com uma guia bem curta, e o ensine a obedecer.

Se o casal fantasia com situações de voyeurismo, por que não experimentar? Basta ir a uma festa, um bar de gente com proposta fetichista, e colocar em prática o que sempre imaginaram.

As pessoas precisam destravar. Descobrir que seus corpos são bonitos e perfeitos mesmo quando não se enquadram em certos padrões estéticos. Afinal, se o seu corpo seduz e dá prazer, ele é perfeito…

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Vale fazer fotos sem roupa ou usando só uma peça de fetiche , um colar, uma pulseira, uma máscara. Entrar em uma sex shop e explorar o universo à sua volta – tocar nos brinquedos que estão lá expostos e comprar um ou mais presentes, para usar sozinho e/ou acompanhado.

Parar de apagar a luz com vergonha da barriguinha, das celulites ou do peito que amamentou. Você talvez não saiba, mas a vida real tem cores e sabores que são mais importantes na intimidade do que a pretensa “beleza” – e esta não tem nada a ver com medidas perfeitas!

Enfim: bom mesmo é perder a vergonha! E dar espaço para os próprios desejos… Sem medo, sem timidez, sem pose. Apenas com um bom bocado de “verdade”. Só o orgasmo salva! Quer saber mais sobre fetiche, sexo e prazer? Acompanhe a coluna do Heitor Werneck  no iG Delas.


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