Colunista do portal iG, Heitor Werneck fala sobre novas formas de prazer
Você não vive o seu lado fetichista, mas gostaria de começar? Quer experimentar novas formas de experimentar o prazer, de viver a sexualidade?
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Acho que posso lhe ensinar algumas coisas. Afinal, eu sou um fetichista que escolheu viver plenamente as próprias fantasias. Não reprimo a minha sexualidade. Acredito no poder do prazer, do amor, do orgasmo. Sempre falo: só o orgasmo salva...
Foi por isso que, mais de 10 anos atrás, decidi criar o Projeto Luxúria , uma festa destinada ao prazer e, claro, à celebração do comportamento fetichista e libertino. E é por isso que estou aqui, escrevendo e colocando à sua disposição um bocadinho das coisas que eu aprendi ao longo da vida.
O fetiche tem a ver com visual. Tudo fica muito mais erótico e fascinante com o uso de acessórios certos. Vamos começar?
Vendas para os olhos
Testar os limites do seu par, impedindo-o de ver onde você está ou qual será seu próximo passo, é uma brincadeira deliciosa, que pertence ao universo da submissão-dominação. Quem estiver no papel de submisso fica com a venda, enquanto o dominador brinca com seu corpo e sentidos – vale, por exemplo, esfregar um gelinho na área genital, provocar-lhe cócegas com uma pena ou brincar com sabores diversos, fazendo-o saborear micropedacinhos de alimentos. Sexo tem tudo a ver com criatividade e imaginação. Solte-se, libere-se!
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Algemas
Brinquedo erótico clássico do universo BDSM, as algemas permitem privar o parceiro de movimentos. Podem ser usadas juntamente com a venda. A ideia é que, durante o sexo, a pessoa que esteja desempenhando o papel de dominadora impeça o submisso de se mover livremente. Com as mãos presas, ele não pode impedir que o dominador explore seu corpo e estimule seus sentidos das mais diversas formas. Entretanto, como ocorre em tudo que diz respeito ao sexo, o uso desse acessório deve ser feito de comum acordo.
Chicotinho ou chibata
Você pode usar o que mais lhe apetecer – desde as versões light, vendidas em sex shops, e algumas vezes incrementadas com plumas coloridas, até o chicote rabo de gato, todo de couro. Este último, porém, eu não costumo indicar para principiantes. Vai que você se entusiasme e acabe machucando o parceiro, não é mesmo?
Coleira
De couro, de aço, de veludo – não importa o material de que seja feita, a coleira é um símbolo de submissão, própria para ser usada nas brincadeiras em que um dos parceiros domina o outro, seja coordenando seus movimentos em determinada direção, seja tratando-o como um objeto que lhe pertence.
A coleira também é um acessório típico do universo pet play, no qual a pessoa tem o fetiche de ser tratada como se fosse um bichinho de estimação.
Para os praticantes de BDSM mais experientes, a coleira também é um símbolo de posse. Mas, aqui, estamos falando somente de jogos eróticos, e não de liturgias mais dramáticas.
Espartilho
Ele modela o corpo e deixa as mulheres sedutoras, femininas, exalando sensualidade. Costuma integrar o look das dominadoras – mas, em se tratando de fetiche, o que importa é curtir e ter prazer. Por isso, pode ser usado em qualquer ocasião, desde que os parceiros gostem da proposta.
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Aliás, os homens também podem usar esse acessório, se ele tiver a ver com a brincadeira sexual em curso. Minha dica, apenas, é que você procure comprar um produto de boa qualidade. Um espartilho malfeito pode frustrar os seus planos caso a costura arrebente ou ele fique desconfortável no corpo.
E viva o orgasmo: só o orgasmo salva! Acompanhe a coluna do fetichista Heitor Werneck no iG!