Para ter cabelos macios, sedosos e brilhantes é preciso também estar em boas condições de saúde. Por isso quando aquelas bactérias protetoras ou agressoras no intestino e no estômago estão em desequilíbrio e causam vários distúrbios, a chamada disbiose, pode atingir inclusive o couro cabeludo.
Estudos já comprovaram que a flora intestinal tem ligação íntima com uma série de benefícios relacionados à saúde, entre os quais os cabelos e a pele, bem como no controle de doenças cutâneas e a regularização do ciclo capilar. De modo que, na falta dessas ‘bactérias do bem’, consideradas positivas para o organismo, o couro cabeludo também pode sofrer com a disbiose capilar.
De acordo com a dermatologista e tricologista Joana D`arc Diniz, diretora da Sociedade Brasileira do Cabelo e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (RJ), o desequilíbrio ou proliferação exacerbada destes microorganismos patogênicos pode favorecer e implicar em uma reação no couro cabeludo e o desenvolvimento da disbiose capilar.
“O resultado direto é uma inflamação na região, levando ao enfraquecimento e encurtamento dos fios. E o mais agravante, pode ainda comprometer o crescimento do fio, gerando a queda capilar e até areatas e alopecia, dependendo do grau de comprometimento.
Segundo a especialista, esse processo pode ainda sofrer influência ou estar associada a doenças do couro cabeludo, como dermatite atópica ou seborreica, uso de produtos com fórmulas inadequadas ao tipo de cabelo, hábito frequente de banho com água quente, colorações, progressivas e relaxamentos e até mesmo medicamentos usados em excesso no couro cabeludo.
“Mas existem tratamentos, no qual são indicadas substâncias medicamentosas apropriadas e específicas que tratam essa disfunção e recuperam a saúde da pele do couro cabeludo. Hoje um dos recursos que demonstram eficácia é a aplicação de probióticos tópicos”, afirma à Dra. Diniz. A médica acrescenta que o efeito final é a restauração dos fios, que ficam mais saudáveis e em equilíbrio. Além disso, é necessário adotar no cotidiano determinados hábitos simples que colaboram bastante no tratamento e evitam a reincidência.
Dentre eles, a médica destaca evitar banhos quentes demais, sendo que o ideal é a temperatura em torno de 22 graus celsius. Também é importante secar sempre os cabelos antes de dormir, caso estejam úmidos, porque dormir com eles molhados ou úmidos favorece a proliferação em excesso de fungos e bactérias.
Procure ainda não lavar excessivamente os fios e retire totalmente o shampoo e o condicionador durante o ato de enxaguar para não deixar resíduos. E claro, mantenha uma alimentação saudável, rica em nutrientes e vitaminas, evite o excesso de bebida alcoólica e fique longe do cigarro.
“Uma boa dica é beber mais água, mesmo no inverno. A hidratação principal deve vir de dentro pra fora. Como os cabelos são anexos da pele, eles estarão hidratados e, consequentemente mais fortalecidos de agressões internas ou externas”, finaliza a dermatologista.
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