Pele renovada: conheça os diferentes tipos de esfoliação e como realizar em casa e no consultório
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Pele renovada: conheça os diferentes tipos de esfoliação e como realizar em casa e no consultório

Para quem deseja conquistar uma pele suave, luminosa e renovada, a esfoliação é um cuidado essencial que é comumente negligenciado. “A esfoliação ajuda a remover as células mortas e impurezas da pele, acelerando a renovação celular e suavizando a superfície do tecido cutâneo, além de aumentar a eficácia dos cosméticos aplicados no dia a dia”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Mas vale ressaltar que existem diferentes tipos de esfoliação: física e química. “Enquanto a esfoliação física é realizada através do atrito, a esfoliação química é feita por meio da aplicação de substâncias que fazem com que as células mortas se ‘soltem’ da pele”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E, para quem deseja conquistar uma pele renovada, realizar ambos os tipos de esfoliação é mais simples do que parece, conforme um time de especialistas explica abaixo:

Em casa

De acordo com Paola, a esfoliação física é realizada com veículos formulados com grânulos que vão gerar o atrito na pele. “Esses grânulos podem variar de tamanho e de grau de ‘abrasão’”, diz a médica. Para o rosto, é importante escolher um produto adequado que atue de maneira suave, como o Esfoliante Facial Tribeca, da B.URB, que conta com Microesferas de Arroz e Damasco para eliminar células mortas sem agredir a pele, melhorando a textura, mantendo a hidratação e reduzindo a oleosidade.

É importante ainda tomar cuidado com a frequência do uso do produto. “O uso excessivo do esfoliante pode causar irritação, vermelhidão e sensibilidade, gerar um efeito rebote na oleosidade e até piorar manchas. Por isso, não é recomendado utilizá-lo diariamente. A frequência ideal pode variar de acordo com o tipo de pele e a sensibilidade individual, mas, no geral, é recomendado fazer a esfoliação uma vez por semana ou a cada duas semanas”, diz Lilian Brasileiro.

Já para a esfoliação química, os ácidos figuram entre os ingredientes mais usados. “Os ácidos são os ‘multitarefas’ do skincare, pois possuem diversas finalidades. O retinol, por exemplo, é considerado o ativo ‘padrão-ouro’ no rejuvenescimento da pele. Já os alfa-hidroxiácidos (AHAs), como o ácido glicólico, são clareadores, reparadores e suavizantes”, afirma Paola Pomerantzeff, que ressalta que esses ativos só devem ser utilizados sob recomendação médica, pois grande parte é fotossensível, podendo deixar a pele mais fina, mais avermelhada e muito mais suscetível aos agressores ambientais.  

Mas, para quem possui a pele mais sensível, é possível investir em produtos formulados com ingredientes como os poli-hidroxiácidos (PHAs). “Os PHAs têm características semelhantes aos AHAs, mas com moléculas maiores, então agem de maneira mais superficial”, diz a dermatologista. Já o ativo conhecido como Lanablue é uma alternativa ao retinol. “Lanablue é um poderoso extrato de alga azul-verde com efeito retinoic-like, assim agindo na regulação da diferenciação dos queratinócitos para uma melhor renovação. Esse processo de diferenciação reside na sobrevivência e maturação de todas as camadas de células em semanas, o que promove a renovação e faz com que as células cheguem mais oxigenadas à superfície”, explica a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gestora técnica da Biotec Dermocosméticos.

Paola destaca que a esfoliação química e a esfoliação física jamais devem ser realizadas no mesmo dia para evitar uma irritação na pele. Apesar disso, é possível utilizar os produtos em dias alternados para obter todos os benefícios. Nas redes sociais, essa estratégia ficou conhecida como Skin Cycling, trend criada justamente para utilização de produtos como o esfoliante e os ácidos.

“Skin Cycling consiste, basicamente, em criar um cronograma noturno para a utilização dos cosméticos, intercalando o uso de certos produtos de acordo com o dia da semana para permitir que a pele possa se recuperar e evitar sobrecarregá-la, o que pode resultar em irritação e vermelhidão”, explica a dermatologista.

A trend propõe que, no primeiro dia, seja utilizado um esfoliante e, no dia seguinte, cosméticos com ácidos, especialmente o retinol e os AHAs. Por fim, os dois últimos dias do ciclo devem focar na recuperação da pele, com máscaras de hidratação e séruns de alta capacidade umectante. Após o quarto dia, o ciclo se repete, começando pela esfoliação. “Apesar de ter ganhado popularidade recentemente, essa é uma prática recomendada por dermatologistas há tempos por ser realmente benéfica para a saúde do tecido cutâneo”, acrescenta a médica.

No consultório 

No consultório, a esfoliação é feita por meio dos procedimentos conhecidos como peelings. “A esfoliação física é realizada através de peelings físicos, com aparelhos de microdermoabrasão com cristais ou lixas com pontas de diamantes, por exemplo. Já o peeling químico utiliza diferentes substâncias, como os ácidos retinóico, glicólico, salicílico, mandélico, lático e diversos outros, para promover uma renovação poderosa. Cada uma dessas substâncias pode ser utilizada em diferentes concentrações para as mais diversas finalidades, incluindo rejuvenescimento da pele, uniformização do tom, clareamento de manchas ou redução de cicatrizes de acne”, diz Paola Pomerantzeff.

Além disso, é possível apostar em procedimentos que combinam tanto a esfoliação física quanto a química, como o HydraFacial, uma experiência de hidrodermoabrasão realizada com ponteiras que contam com uma tecnologia exclusiva capaz de gerar um vórtice que promove limpeza e esfoliação profunda ao mesmo tempo em que infunde ativos na pele.

“No protocolo mais básico, iniciamos com uma limpeza e esfoliação química com um peel de ácidos Glicólico e Salicílico, o que acelera a renovação celular, melhora a uniformidade e reduz a espessura da pele. Em seguida, é feita a extração de impurezas, cravos e comedões combinada à infusão de uma solução hidratante. Na sequência, são aplicados os boosters, que possuem uma alta concentração de ativos selecionados de acordo com as necessidades de cada pele. E, por fim, administramos antioxidantes para proteção e melhora da aparência da pele”, destaca o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), expert em tecnologias dermatológicas e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD (2017-2021). O resultado é uma melhora instantânea da qualidade do tecido cutâneo, com uniformização da textura e do tom e aumento da firmeza, viço, maciez e brilho da pele.

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