Recentemente foi noticiada a morte de uma fotógrafa de 44 ao fazer um procedimento estético de Endolaser. De acordo com os familiares, ela passou mal na anestesia e a técnica foi continuada; já a biomédica alega ter prestado socorro imediato. O caso está sob investigação, mas levanta um alerta sobre o procedimento em si e suas contraindicações.
Fabiane Miranda, dentista especialista em Harmonização Facial, explica que o procedimento de Endolaser para rejuvenescimento facial e corporal é uma técnica que utiliza um laser de alta precisão para estimular a produção de colágeno na pele, e promover redução da gordura local. “Antes do procedimento é aplicado anestésico local na área a ser tratada, em seguida, é necessário realizar pequenas incisões na pele (chamamos essas incisões de pertuito), utilizamos agulhas calibrosas para realizar esse pertuito, e essa etapa tem a finalidade de abrir caminho para inserir as fibras ópticas do laser”, esclarece. E continua: “O laser utilizado no Endolaser emite uma luz de alta energia, que é absorvida pelas células da pele, promovendo quebra das células de gordura e provocando uma inflamação que será responsável pelo estímulo para a produção de colágeno”.
Segundo a especialista, os resultados do Endolaser podem durar de 12 a 18 meses, sendo que o protocolo deve ser aplicado para promoção do efeito lifting e também contra gordura localizada em áreas específicas do corpo. “A duração dos resultados para rejuvenescimento facial e corporal pode variar de pessoa para pessoa, pois depende de diversos fatores, como idade, estilo de vida, cuidados com a pele e características individuais”, ressalta.
Em consultório, a doutora revela que dá preferência a outros procedimentos. “Mesmo com os benefícios que o tratamento traz, eu prefiro usar a combinação de outros tratamentos tão tecnológicos quanto, já que os riscos associados não devem ser deixados de lado. É possível ocorrer parestesia que é a perda de sensibilidade da área tratada, perfuração durante o procedimento, queimaduras e reações alérgicas”, alerta.
Para Fabiane existem outros tratamentos bem estudados que podem ser considerados como alternativas mais seguras se comparadas ao Endolaser para o rejuvenescimento facial e corporal. “Dentre tantos protocolos aplicáveis hoje temos os Bioestimuladores de colágeno, os lasers ablativos e não ablativos, o Ultraformer que é o ultrassom microfocado, dentre outros”, pontua.
“Ainda, o pós-operatório pode variar dependendo da extensão e da área tratada. No entanto, algumas recomendações gerais podem ser seguidas para promover uma recuperação adequada. Três dessas recomendações comuns são a drenagem linfática, aspiração do seroma e o uso de fita adesiva (tape)”, recomenda a profissional que está em constante evolução: possui especialização fora do país, tem mais de 50 cursos na área, dentre eles, uma pós-graduação em Estudos Anatômicos no Marc Institute-Miami e na Harvard Medical School- Boston. Além disso, faz participações anuais no Congresso Imcas-Paris, conhecido por ser renomado no mundo estético.
Infelizmente temos noticiado diversos óbitos consequentes da busca pela beleza. Para a especialista, é preciso ter cautela. “Com o avanço da tecnologia atualmente temos uma gama de equipamentos e protocolos que podem ser aplicados com segurança, porém, o risco de alergia é imprevisível e, por isso, é preciso fazer uma anamnese e exames bem detalhados antes de qualquer ação. A conversa franca e direta com o paciente faz toda a diferença e o acompanhamento do pós, com estrutura e acolhimento, também”, finaliza.
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