Muitas pessoas têm dúvida se a idade pode ser um impeditivo para a realização de um facelift. Mas a Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS) esclarece que não há uma faixa etária limite. “Há muitas pessoas na faixa dos 70 anos, por exemplo, que se submetem a procedimentos estéticos como o lifting facial.Obviamente, isto deve ser levado em conta quando pensamos no tamanho e na duração da cirurgia e, portanto, no trauma ao organismo e para sua recuperação. É imprescindível que o paciente esteja em plenas condições de saúde para se submeter ao procedimento”, explica o cirurgião plástico Jair Maciel, membro coordenador do capítulo de Face da BAPS. O médico ainda esclarece que uma idade ideal para a cirurgia é no fim dos 40 e início dos 50 anos, mas esse procedimento pode ser realizado mesmo aos 70 anos, trazendo benefícios para a paciente.
A BAPS destaca que o facelift é uma cirurgia realizada para reverter os sinais do envelhecimento da face, visando amenizar rugas, sulcos faciais e flacidez, o que confere um aspeto mais jovem e descansado ao rosto. “Podendo englobar tanto o rosto inteiro quanto uma área especifica que gere maior desconforto para o paciente, a ritidoplastia é feita por meio de cortes estrategicamente localizados, que permitem que o profissional reposicione os tecidos: a musculatura e a pele”.
A incisão pode ser feita em partes diversas do rosto como próximos à orelha, no couro cabeludo, na região temporal ou abaixo do queixo”, completa o médico. Nos últimos anos, o procedimento passou por uma evolução para garantir resultados mais naturais com a técnica Deep Plane Facelift.
“Anteriormente, os procedimentos de lifting facial poderiam resultar em uma aparência esticada e artificial. No entanto, as técnicas modernas se concentram em abordagens mais profundas, com reposicionamento da camada muscular, e poupando um pouco a pele. Além disso, os cirurgiões também se concentram na restauração dos volumes faciais, em vez de simplesmente esticar a pele”, destaca Jair Maciel.
Segundo a BAPS, para fazer cirurgia plástica, é necessário seguir todos os cuidados. “É nossa obrigação como médicos e cirurgiões conscientes orientarmos nossas pacientes para que a gente saiba tudo que motivou e o que a leva à cirurgia, inclusive do ponto de vista laboratorial. Então o cirurgião plástico vai avaliar a alimentação, o sono, o funcionamento do intestino, como ela lida com as emoções e as avaliações metabólicas, hormonais e funcionais dessa paciente”, explica o cirurgião plástico.
Pacientes que tenham qualquer comorbidade, como pressão alta ou diabetes, podem operar, mas desde que estas condições estejam totalmente controladas, alerta a associação. “Dentro deste mesmo raciocínio, não existe uma idade limite para se submeter a uma cirurgia plástica, mesmo estética, desde que o paciente esteja em boas condições de saúde. Claro que cirurgias muito longas, acima de 7 ou 8 horas têm um risco aumentado de complicações tanto para o jovem quanto para o mais idoso”, diz o médico.
Tratar a pele com métodos não invasivos também não exclui a indicação de um facelift. “Muitos peelings são realizados após as cirurgias plásticas para melhorar a qualidade da pele. Também podemos usar estratégias com associações de lasers e outras tecnologias tanto antes quanto após a cirurgia plástica”, destaca.
Por fim, a BAPS reforça que o cirurgião plástico deve sempre expor ao paciente, de forma clara e transparente, os riscos da cirurgia plástica, que são inerentes a qualquer tratamento cirúrgico. “O profissional não deve tentar minimizar ou ocultar os riscos, pois a decisão pela cirurgia plástica deve ser tomada de maneira consciente pelo paciente. E o comprometimento com a ética médica também pode fazer com que o cirurgião plástico contraindique um procedimento, quando não se atinjam os níveis adequados de segurança”, finaliza.
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