Confira as tendências do Congresso Americano de Dermatologia 2023
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Confira as tendências do Congresso Americano de Dermatologia 2023

O Congresso Americano de Dermatologia é o principal evento do setor por apresentar as maiores novidades em procedimentos, técnicas, aparelhos, protocolos e fórmulas cosméticas e nutracêuticas. E, para aqueles que estão ansiosos para ver o que há de novo no mundo da dermatologia, a espera acabou: convidamos a dermatologista Dra. Valéria Campos, professora convidada do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e Pós-Graduada em Laser e Dermatologia pela Harvard Medical School, e a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos, para contar, em primeira mão, quais são as principais tendências do congresso nesse ano. Confira!

Micro-Coring para flacidez e rugas – A tecnologia de Micro-Coring é o grande destaque do Congresso para o tratamento minimamente invasivo de flacidez da pele com efeito lifting. “Desenvolvido por um professor de Harvard, o procedimento atua através da remoção de pequenas porções da pele, deixando microfuros no local tratado, que, conforme cicatrizam, contraem o tecido com consequente efeito lifting, diminuição da flacidez e redução de rugas, o que resulta em uma aparência mais jovial”, detalha a Dra. Valéria Campos, que ressalta que a tecnologia é especialmente promissora no combate às bochechas de buldogue, onde tratamentos com ultrassom microfocado ou bioestimuladores de colágeno não são indicados.

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E os resultados do tratamento de flacidez e rugas com a tecnologia ainda podem ser potencializados através do uso, pré e pós-procedimento, de cosméticos formulados com ativos como Hyaxel, Scutaline e Densiskin D+, que vão hidratar profundamente o tecido cutâneo, modular a inflamação e otimizar a atividade dos fibroblastos, que são responsáveis pela produção de colágeno e outros componentes da matriz extracelular.

“Os resultados do procedimento são ainda melhores quando o cuidado também é realizado de dentro para fora com a suplementação de Exsynutriment, Glycoxil e Bio-Arct para estimular o fibroblasto (células produtoras de colágeno), potencializar a reorganização da matriz extracelular e promover melhora global da pele”, acrescenta Patrícia França. O procedimento já possui aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de rugas e flacidez do terço inferior da face, então não deve demorar para chegar ao Brasil.

Laser para câncer de pele – A união entre beleza, saúde e bem-estar também esteve em pauta durante o congresso. Nesse sentido, uma das grandes novidades é o uso de laser fracionado não ablativo para auxiliar na prevenção de recidivas dos cânceres de pele não melanoma, ou carcinomas de queratinócitos, cujo risco de desenvolvimento após o tratamento é de 35% em 3 anos e de 50% em 5 anos.

“Esse tipo de laser fornece calor de maneira fracionada, deixando a pele intacta, ao contrário dos lasers ablativos, que removem a superfície do tecido cutâneo. O mecanismo de ação ainda não é completamente compreendido, mas suspeita-se que esteja relacionado à redução da carga de queratinócitos fotodanificados e ao estímulo da resposta de cicatrização de feridas, o que confere uma vantagem seletiva às células saudáveis da pele”, explica a Dra. Valéria Campos, que, durante o Congresso, entrevistou a Prof. Merete Haedersdal, especialista em laser e câncer de pele.

“Qualquer pessoa que vive no Brasil e foi muito exposta ao sol deveria fazer sessões de laser fracionado não ablativo, visto que a incidência de câncer de pele é muito alta. Nos Estados Unidos, por exemplo, 3 em cada 10 pessoas terão algum tipo de câncer de pele na vida”, disse a especialista sobre o assunto. No estudo apresentado no Congresso, durante um acompanhamento médio de mais de 6 anos, a taxa de desenvolvimento subsequente de carcinoma de queratinócitos faciais foi de 20,9% em pacientes tratados com laser fracionado não ablativo e 40,4% no grupo de controle, indicando que os pacientes tratados com o laser tiveram cerca de metade do risco.

Mas é importante ressaltar que, mesmo com o tratamento a laser, é fundamental investir na fotoproteção para evitar a recidiva do câncer de pele. “Além da utilização diária de protetores solares, é recomendado também o uso de produtos formulados com ativos como ProShield MDC, para inibir os danos causados pela luz azul, OTZ 10, que neutraliza radicais livres e os efeitos da luz visível, e Hydroxyprolisilane C em associação ao ácido hialurônico Hyaxel, que, juntos, vão promover renovação, reparação e reestruturação celular”, recomenda Patrícia França.

Update no tratamento da acne – A acne é um tema recorrente nos congressos mundiais e nesse não seria diferente. Mas os olhares dessa vez voltaram-se para o uso de suplementos de ômega-3, como os Fosfolipídios do Caviar (F.C. Oral), no manejo da condição, com destaque para a ação do ingrediente no controle do quadro acneico e no combate ao ressecamento comumente causado pela isotretinoína. “A suplementação com Fosfolipídeos de Caviar (F.C Oral), rico em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA), ômega 3 (DHA e EPA), Astaxantina e vitamina E, reduz a produção de sebo, por sua ação na glândula sebácea, e diminui a inflamação, além de contribuir para a formação de uma barreira epidérmica íntegra e hidratada, o que é importante, visto que a acne e alguns tratamentos sistêmicos promovem ressecamento da pele e uma perda transepidérmica de água”, acrescenta a  gerente científica da Biotec Dermocosméticos

Glicação além do açúcar – O papel do açúcar já é bem estabelecido no envelhecimento da pele por levar ao processo de glicação do colágeno e elastina, que se tornam endurecidas, perdendo maleabilidade, flexibilidade e capacidade de sustentação. Apesar disso, o tema retornou ao centro das atenções no Congresso, com um alerta: a glicação não está relacionada somente ao açúcar e até mesmo a maneira como preparamos os alimentos pode influenciar nesse processo.

Por exemplo, foi demonstrado que, enquanto uma batata cozida apresenta nível de produtos de glicação avançada (AGEs) igual a 1, o mesmo alimento frito tem nível de AGEs igual a 87. “Com base nas informações apresentadas durante o Congresso, algumas estratégias que podemos adotar para combater a glicação, além de limitar o consumo de açúcares simples, incluem adotar uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais, reduzir o consumo de carnes e alimentos processados e variar os métodos de preparo dos alimentos.

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Para impedir a glicação diretamente na pele, é recomendado o uso de cosméticos formulados com ativos que atuem especificamente nesse processo, como é o caso o Alistin, peptídeo antioxidante, antiglicante e desglicante capaz de diminuir a produção de AGEs. A suplementação oral de Glycoxil também é indicada, já que o ativo possui ação antiglicante, por impedir a união da proteína com a molécula de glicose; desglicante, por promover a separação da glicose deixando a proteína livre; e antiglicoxidante, por impedir a formação dos AGEs e sua oxidação”, finaliza Patrícia França.


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