Quanta pornografia você consome? O hábito tem se tornado uma das principais formas de ter prazer em momentos solitários e, de acordo com uma pesquisa recente, passou a conquistar até mulheres. Outro estudo, porém, indica que, dependendo da frequência com a qual ocorre, o consumo de material pornográfico pode configurar distúrbios.

Consumir muita pornografia pode estar relacionado a comportamentos compulsivos
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Consumir muita pornografia pode estar relacionado a comportamentos compulsivos

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O levantamento colheu dados de 830 participantes, que foram questionados sobre hábitos relacionados à pornografia (quando tempo se dedicava para assistir àquilo, se tinham de reorganizar a própria rotina para fazê-lo, etc.). Ao final, o estudo concluiu que há três perfis diferentes para quem consome pornografia, e que apenas um deles não é considerado como prejudicial à saúde.

Da recreação à compulsão

A maior parte dos consumidores de material pornográfico estudados (75%) se enquadra no perfil recreativo, ou seja, assistem, em média, 24 minutos de conteúdo adulto por semana. O grupo em questão é constituído primordialmente por mulheres e pessoas que estão em um relacionamento. Segundo o estudo, este perfil está relacionado a uma maior satisfação com a vida sexual e é considerado normal.

O segundo perfil corresponde a 12,7% de todos os participantes e é classificado como “aflito”, pois relacionam muitos de seus desvios emocionais com o fato de assistirem ao material adulto. As pessoas que se enquadram neste perfil assistem cerca de 17 minutos deste conteúdo por semana. Apesar de consumirem menos, pessoas que se enquadraram neste perfil se sentem aflitas ao fazê-lo e são menos satisfeitas sexualmente.

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No terceiro grupo, que compreende 11,8% dos consumidores, quem faz parte chega a consumir 110 minutos de conteúdo pornográfico por semana. E equipe de pesquisadores responsável pelo estudo, considera que ter este perfil não é algo saudável, já que acabou se associando a disfunções e à compulsão. Outro dado levantado pelos pesquisadores é o de que homens são mais propensos a estar nesta categoria.

Vício?

Apesar de não haver nada que classifique a ligação do consumo excessivo de pornografia com um comportamento compulsivo como um vício , há relatos de pessoas que encontram no material adulto uma fixação semelhante à enfrentada por viciados em drogas ou álcool. Aos 31 anos de idade, um jovem britânico identificado com Jim relatou à BBC que seu consumo exagerado  de material pornografia mudou até a forma que ele enxergava mulheres e incentivou “pensamentos violentos e negativos”.

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