Como aguentar o dia após uma noite de insônia
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Como aguentar o dia após uma noite de insônia

É mais do que constatada a importância do sono e do período de descanso entre 7 a 9 horas por noite para que nosso organismo consiga desempenhar de maneira satisfatória todas as suas funções.

Apesar de essa média variar de pessoa para pessoa, a qualidade desse sono também é crucial; não basta apenas a quantidade de horas, mas que ele seja ininterrupto e reparador.

Se descansar é preciso, lidar com o dia após uma noite de insônia não é tarefa fácil.

Segundo o médico neurocirurgião mineiro, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Felipe Mendes , a insônia é caracterizada pela dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar muito cedo, sem a sensação adequada de repouso.

“É uma condição que afeta significativamente a vida de muitas pessoas. Seus motivos são variados, incluindo estresse, ansiedade, doenças crônicas, utilização de alguns medicamentos, ou, até mesmo, hábitos de vida desregulados. Pode ser um problema ocasional ou um transtorno crônico. Além do impacto imediato na energia e no humor, a longo prazo, pode levar a sérios prejuízos à saúde, como risco aumentado de doenças cardíacas, depressão, demência e obesidade.”

Dessa forma, algumas estratégias são recomendadas e podem ajudar nesse processo.

Felipe considera essencial evitar a tentação de recorrer a estimulantes após as 16h como, por exemplo, a cafeína, pois, embora possam parecer úteis a curto prazo, podem perturbar ainda o ciclo do sono.

“Uma dica valiosa é se expor à luz natural, já que a luz do dia ajuda a regular o relógio biológico do corpo. Isso vale tanto ao passar algum tempo ao ar livre, quanto permanecer próximo a uma janela.”

Caso o indivíduo se sinta extremamente cansado, vale a pena tirar pequenos cochilos de 15 a 20 minutos, pois eles aumentam o estado de alerta.

Felipe ressalta, porém, que é fundamental evitar dormir por longos períodos durante o dia para não prejudicar o sono da próxima noite.

Alimentação e atividade física

A nutrição também desempenha um papel importante. O neurocirurgião fala sobre optar por refeições balanceadas e evitar alimentos pesados ou ricos em açúcar que podem causar picos e quedas de energia.

“Manter-se hidratado é igualmente essencial, pois a desidratação pode levar à fadiga.”

Com relação à atividade física, ela deve ser incluída na rotina diária, como uma caminhada, corrida, natação, entre outros. Atua aumentando os níveis de energia e melhorando o humor.

“As práticas de relaxamento como meditação, respiração profunda ou ioga também podem ser extremamente úteis para acalmar a mente e o corpo, especialmente em momentos de ansiedade ou estresse.”

Para a próxima noite

À noite, é fundamental se preparar para uma boa noite de sono com uma rotina relaxante. Para isso, Felipe indica:

“Evite telas, leia um livro ou tome um banho morno para ajudar o corpo a entrar em um estado de relaxamento.”

É importante, de acordo com o médico, estar ciente dos prejuízos a longo prazo da insônia crônica, que incluem riscos aumentados de depressão, ansiedade, problemas de memória, doenças cardíacas e hipertensão.

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