Adriana Aparecida Gabrieli Correa, de 24 anos, foi assassinada pelo ex-namorado, com um tiro na cabeça, na última terça-feira (28), em Santa Cruz das Palmeiras, no interior de São Paulo.
A jovem, que deixou uma filha de 4 anos, era descrita por familiares como uma pessoa “alegre, carinhosa e mãe dedicada”. O corpo de Adriana foi enterrado no Cemitério Municipal, na quarta-feira (29).
Conforme publicado pelo G1, Adriana nasceu em 13 de agosto de 1999 e morava no município de Santa Cruz das Palmeiras com o marido, Rodrigo José Correia, de 31 anos, e a filha do casal, nascida em 25 de outubro de 2019.
Ativa nas redes sociais, ela gostava de compartilhar momentos de lazer ao lado de amigos e da filha. Ela trabalhava em uma empresa produtora de açúcar, levedura, energia e etanol.
Despedida nas redes sociais
"Te amarei eternamente, minha filha, e cuidarei da nossa princesinha. Descanse em paz", escreveu a mãe, Rosa Martins, em uma publicação no Facebook.
Amigas também deixaram mensagens na página de Adriana. "(...) você se foi de uma forma trágica, tão cruel e tão cedo. Tá me doendo tanto amiga, sempre vou lembrar de você. A última vez que nos falamos você me disse que estava tão bem cuidando da sua filha, com tanto amor e dedicação. Tudo você fazia por ela amiga (...)", postou uma.
"Misericórdia. Sem acreditar. Meu Deus esse mundo está cada dia pior. Deus te receba de braços abertos e console e conforte o coração de todos os familiares. Vou sentir muita saudade do seu cafézinho, amiga, e da sua alegria que contagiava", escreveu outra.
Vítima de feminicídio
O assassino é Diego Fernandes Santana Dutra, de 30 anos, invadiu a casa que fica na Rua Lucio Mauro Vidal, no Conjunto Habitacional Prefeito Agostinho Nino Deperon, por volta das 19h de terça-feira. Além de Adriana, ele também tentou assassinar o ex-marido e a filha da jovem.
A Polícia Civil registrou o caso como feminicídio, tentativa de homicídio e suicídio, e informou que Diego Fernandes pulou o muro da casa e encontrou Adriana com o ex-marido, Rodrigo José.
Diego deu dois tiros em Rodrigo e depois atirou contra Adriana, que estava no banheiro. Ela morreu no local. Durante o tiroteio, a filha de Adriana e Rodrigo, de apenas 4 anos, foi baleada nas costas.
Após o crime, Diego disparou contra a própria cabeça. Ele foi socorrido com vida e levado ao hospital, mas morreu horas depois. Ainda não há informação sobre o que motivou Diego a pular o muro e cometer o crime.
"Laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal e o depoimento do sobrevivente vão contribuir para o esclarecimento do crime", disse o delegado da Polícia Civil, Wanderley Fernandes Martins Jr., ao G1. Segundo ele, o inquérito deve ser concluído em 30 dias.