Com uma brilhante carreira, a atriz Tainá Muller, 41 anos, surpreendeu a todos ao abrir o coração e revelar, em entrevista, sua relação com a terapia e saúde mental, após receber um diagnóstico de Síndrome de Burnout. Insônia e exaustão mental eram os principais sintomas, em meio ao elevado volume de trabalho e de atividades. Sintomas descritos pela jovem gaúcha, como sendo devastadores, a ponto de recorrer a terapia para aprender a organizar sua rotina e planejar suas noites, fazendo uma higienização no sono, para conseguir descansar, revigorando corpo e mente.
O Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante e preocupações intensas, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Essa síndrome é o esvaziamento físico e mental, provocado por condições de trabalho disfuncionais. A principal causa da doença é o trabalho em excesso e está mais ligada a profissões que estão sob constante pressão e muitas responsabilidades ou mesmo a carga de multitarefas.
Ainda nessa linha, o esgotamento físico e mental tem uma origem psicossomática, ou seja, são situações do cotidiano que desencadeiam efeitos negativos e recorrentes no bem-estar psicológico e emocional das pessoas tornando-as mais fragilizadas, abatidas e instáveis. De tão expressivos, esses efeitos vão além do aspecto psicoemocional e passam a acometer também o fisiológico. Assim, eles tendem a estimular sintomas que trazem um desgaste crescente no corpo, o que reduz a energia e o engajamento dos indivíduos ao realizar atividades do dia a dia.
As causas também podem estar ancoradas às frustrações internalizadas e mal resolvidas, traumas enraizados, dentre outros fatores. Assim como, também pode somar-se aos traumas, opressões psicológicas e abusos emocionais sofridos em relacionamentos tóxicos. Ou seja, um combo de deterioração que tende a explodir e ecoar no corpo e na mente, através da privação do sono, alimentação inadequada, ansiedade, estresse em excesso, anemia, sedentarismo, depressão, entre outros. Além disso, há também as pessoas que se sobrecarregam ao assumir diversos compromissos na rotina, dos quais não conseguem dar conta, como trabalhar, estudar, entre outras várias atividades juntas, e ainda assumindo sozinhas situações, nas quais se tornam responsáveis pelos cuidados e pelos problemas de terceiros. São as famosas esponjas emocionais.
Enfim, assim como aconteceu com a atriz Tainá Muller, esses desconfortos são sérios e devem ser tratados. Identificados desde o início e minimizados com acompanhamento profissional adequado. O mais importante é trabalhar o limite e a conscientização do indivíduo para que ele compreenda que nem tudo pode ser controlado ou evitado, principalmente, o que está externo a nós e o que se refere ao comportamento e atitudes do outro. É preciso trabalhar o emocional, provocar uma mudança de hábitos, de rotina e desacelerar, para que seja possível a incorporação do estado consciente sem sequelas emocionais intensas, em prol de uma vida mais leve e equilibrada.