A atriz sofreu com cancelamentos por não ter um posicionamento político
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A atriz sofreu com cancelamentos por não ter um posicionamento político


A atriz Juliana Paes foi cancelada e chamada de "isentona" em 2021 pela falta de posicionamento político em uma discussão sobre o tema. Juliana sofreu com o cancelamento nas redes e os julgamentos intensos que, segundo ela, a levaram para um lugar de muita dor e medo.

Inicialmente, sem a menor noção das consequências da repercussão negativa de seu silêncio, a artista isolou-se por um tempo da mídia e experimentou sentimentos incômodos relativos a uma espécie de Síndrome traumática seguida de depressão.

Hoje, alguns anos depois, Juliana consegue entender o que viveu e revela suas angústias. Ela alimentou no período um tipo de transtorno de ansiedade que se desenvolve após um evento traumatizante. Neste caso, o indivíduo começa a apresentar bloqueios ou dificuldades para desligar-se do acontecido, alterações comportamentais de agressão, gritos, hostilidade, isolamento social, irritabilidade, agitação, automutilação, comportamento autodestrutivo e hipervigilância.

Além de indícios de depressão e necessidade de se isolar do mundo, a atriz também teve ataques de pânico, culpa e descontentamento geral. Ficam aqui evidentes sintomas psicológicos, como: depressão, medo, desconfiança, alucinações e ansiedade em alto nível. Com extrema frequência, o indivíduo pode sofrer com pesadelos, terror noturno, insônia, privação de sono, estresse agudo, dores de cabeça e desapego emocional.

Mas como saber se o desânimo ou a vontade de nada é uma depressão motivada pela Síndrome traumática? De acordo com a psicanalista Andrea Ladislau, a intensidade e frequência com que se sente desanimado, estagnado e sem ânimo, são os fatores principais para identificar que algo está errado. Essa sensação de apatia de forma contínua, por um longo período, sem qualquer motivo aparente, não é normal e pode ser um forte indicativo de depressão. 

Segundo a especialista, a história de Juliana Paes nos ensina que, independente de ser ou não uma figura pública, quem sofre com a Síndrome traumática precisa encontrar e buscar forças para driblar a depressão. "Ter depressão não é estar tristinho, é estar doente. Cuidar do organismo reflete na saúde mental de forma positiva. Depressão é coisa séria e se não tratada pode levar a consequências irreversíveis. Por isso, é fundamental prestar atenção em como reagimos às nossas necessidades e emoções. Fingir que elas não estão ali só vai deixá-las mais intensas e provocar adoecimento físico e emocional", conclui. 

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