Os desafios emocionais da mulher contemporânea
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Os desafios emocionais da mulher contemporânea

Hoje a mulher precisa exercer muitas tarefas e ser excelente em todas elas. Mas como isso é possível diante de tantas cobranças? Na verdade, esse é mesmo o grande desafio da mulher: conseguir ser multitarefas e mostrar que é capaz de fazer cada vez melhor, sem deixar qualquer erro ou sinal de fraqueza, sem deixar de lado o aspecto feminino, a maternidade e sua essência.

Criou-se aí, uma cobrança velada de que essa mulher precisa continuar desempenhando todas as tarefas e ser sempre “perfeita” para não perder espaços, ora conquistados a duras penas. Com o tempo, ela foi levada a adquirir essa capacidade de se transformar, a cada dia, em “Mulher Maravilha”.

O sexo frágil é uma característica dada a essa mulher por uma sociedade que sempre defendeu a educação antiga que impunha que o homem como provedor, deveria ser o único a adentrar no mercado de trabalho e desempenhar atividades rotuladas como “somente para homens”, tudo porque a mulher é frágil e precisava desempenhar apenas papéis voltados para o gênero feminino de gerar a vida e ser responsável pelas atividades domésticas.

Mas, felizmente esse cenário sofre constantes mutações. Apesar de ter sido preparada, ainda na infância, para ser mãe, para tocar uma casa, para se movimentar pelo mundo, para ser a melhor em sua profissão, para ser esposa, para abafar suas emoções, além de mastigar as frustrações e não se sufocar com decepções e dores (ela foi preparada para ser perfeita e não para ser corajosa), felizmente, a cada dia nos deparamos com mulheres ganhando mais espaço no universo antes ocupado apenas pelos homens.

Mostrando que podem sim, desempenhar com muita maestria atividades domésticas e serem bem sucedidas no mercado de trabalho. O que não tira delas o brilho de serem sensuais e fortes ao mesmo tempo.

Pensando na saúde mental, algumas patologias ocorrem com maior predominância entre as mulheres, como: depressão pós parto, angústias e decepções relativas à relacionamentos íntimos mal sucedidos, a menopausa que altera todo o fluxo hormonal do organismo, entre outras questões. Por este motivo, é de suma importância cuidar-se e preservar mente e corpo, além de aliar organização, planejamento e autocuidado.

Não esquecendo também de equilibrar o sistema imunológico, através de uma boa alimentação, em horários corretos, associada a noites de sono tranquilas, para regular os hormônios, garantindo assim a vitalidade e disposição. Fato é que, gerenciando melhor a mente e as emoções, tendenciosamente, a mulher poderá driblar a ansiedade e o estresse, de forma muito mais fácil e até prazerosa.

Por tudo descrito, nessa semana que comemoramos o Dia Internacional das Mulheres, mais do que ganhar flores, bombons ou um jantar especial, devemos potencializar a força da mulher e sua potência em conseguir ser multitarefas (mãe, filha, esposa, executiva, trabalhadora...) e ainda assim, possuir uma fragilidade e delicadeza que exala sensualidade e ao mesmo tempo explora emoção e vivacidade.

A comemoração tem muito haver com os papéis e espaços, hoje conquistados pelas mulheres dentro de nossa sociedade, mundo afora. Enfim, neste mês das mulheres, cabe ressalvar, para as mulheres da atualidade e as meninas que estão em processo de transformação, que a fórmula para uma vida adulta saudável e equilibrada é saber combinar poder e coragem, para se tornar digna.

E todo esse aprendizado precisa ser transmitido para nossas meninas desde cedo para que tenhamos mulheres, cada vez mais, empoderadas e conscientes de sua força e de seu papel. Visto que, todos os papéis atribuídos ao sexo feminino - mãe, esposa, cuidadora do lar, profissional, filha, amiga, entre outros – precisam ser exercidos com equilíbrio.

O pulo do gato é evitar a sobrecarga e trabalhar o autoconhecimento, promovendo situações que favoreçam uma mente mais leve. Como consequência, a auto cobrança dará lugar a gratidão por suas conquistas reais, sem a neurose do controle do mundo, valorizando mais a si mesma através do cultivo do amor próprio. Afinal, só nós sabemos a dor e a delícia de ser mulher nos dias atuais.

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