As redes sociais , como o TikTok e o Instagram , jovens entre 9 e 14 anos postam suas rotinas de cuidados com a pele , gerando grande número de curtidas e visualizações. Os produtos usados normalmente são séruns com ácido s, máscaras e hidratantes , o que chamou a atenção de diversos usuários.
Em decorrência desse movimento, um alerta sobre a antecipação da rotina de cuidados em crianças e adolescentes pairou sobre os usuários das plataformas, levantando discussões do quanto isso pode ser prejudicial, tanto para a pele , quanto para a saúde mental dos mesmos.
“Quando uma criança ou um adolescente tem acesso ilimitado a conteúdos da internet, passando horas no Tik Tok, YouTube ou outras redes, ele está sendo exposto e bombardeado por uma série de conteúdos, que são muitas vezes fora de sua faixa etária, já que o algoritmo sugere muito além do que ele está acostumado a ver. Temas como: beleza, estética corporal, skincare, cabelo, etc, passam em sua timeline, causando assim interesse e curiosidade, levando o indivíduo a buscar por produtos relacionados para que se encaixe nesse novo padrão recém descoberto”, explica Carolina Delboni, educadora e especialista em comportamento infanto juvenil.
Na contramão desse movimento de consumo exacerbado dos cosméticos , tendências como o skinmalism , vem ganhando força, termo que une as palavras em inglês “skin” e “minimalism”, que significam “pele” e “minimalismo”, respectivamente. A iniciativa prega pela escolha mais consciente e assertiva de produtos de skincare , já que além do risco psicológico dessas ações, a derme tende a criar barreiras contra agentes e ativos utilizados sem precedentes.