O Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado globalmente em 19 de novembro, é uma iniciativa lançada em 2014 pela ONU e liderada pela ONU Mulheres. A data, que reúne mais de 150 países em um esforço conjunto para promover maior igualdade nos ambientes corporativos, tem como principal propósito destacar e fortalecer o papel das mulheres como dona de seus próprios negócios.
As mulheres ainda ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil, de acordo com uma pesquisa da consultoria Grant Thornton em 2022, apesar de elas constituírem a maioria da população brasileira, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas enfrentam, diariamente, uma realidade marcada por desigualdade salarial, assédio no ambiente corporativo e falta de representatividade em cargos C-Level.
Com o objetivo de fortalecer e empoderar ainda mais as mulheres, que continuam a receber salários cerca de 20% mais baixos do que seus colegas do sexo masculino, segundo pesquisa da consultoria IDados, listamos algumas empreendedoras de sucesso e suas valiosas dicas para aquelas que desejam empreender. São mulheres que atuam diariamente na linha de frente, trabalhando incansavelmente para aumentar a representatividade feminina em um mundo que, infelizmente, ainda é dominado pelos homens.
Bianca Junqueira, co-CEO e co-fundadora da Portão 3
Empreendedora de terceira viagem e co-fundadora da fintech líder em gestão de pagamentos corporativos na América Latina, Bianca encontrou no empreendedorismo uma forma de mudar a sua vida e a de quem estava à sua volta. Advogada e administradora por formação, ela acredita que uma sociedade empreendedora enriquece o país, fomenta a economia criativa, a inovação, gera emprego e renda para as pessoas e atinge regiões mais vulneráveis e desfavorecidas. Ela enfatiza a importância de não ter medo de desafiar o status quo. "No mundo das fintechs, a inovação é fundamental. Não tenha receio de questionar as práticas tradicionais e buscar soluções disruptivas. Em nossa jornada, muitas vezes enfrentamos resistência, mas é isso que nos impulsiona a encontrar maneiras mais eficientes e modernas de lidar com as finanças”, explica.
Fernanda Cunha, co-Fundadora da Kipiai
Sócia e CEO da empresa de marketing de performance, Fernanda tem mais de dez anos de experiência no mercado financeiro e de consultoria. Ela destaca a importância da rede de contatos em um setor altamente competitivo. "Construir relacionamentos sólidos no mundo dos negócios é crucial. Aproveite as redes sociais e eventos do setor para se conectar com outros profissionais. Essas conexões não só podem abrir portas, mas também proporcionar oportunidades de aprendizado e colaboração que podem impulsionar o crescimento da sua empresa”, diz.
Ilana Nasser, co-fundadora e CXO da Vendah
Com uma jornada profissional de mais de 15 anos focado em vendas, parcerias e comunicação, Ilana enfatiza a importância da adaptação em um mercado em constante evolução. "A chave para o sucesso é estar disposta a se adaptar às mudanças do mercado e às necessidades dos clientes. Na nossa jornada, aprendemos que a flexibilidade e a capacidade de pivotar rapidamente são fundamentais para atender às demandas em constante mudança”, pontua.
Márcia Cunha, fundadora e CEO da Plenapausa
Desde o início das suas atividades, a femtech referência para mulheres na menopausa, já ouviu mais de 5000 mulheres e os sintomas de desconforto relatados por elas durante a menopausa se mantém os mesmos. “Como todo novo negócio, nós iniciamos a plataforma ouvindo o nosso público-alvo: mulheres na menopausa. Após a coleta dos relatos identificamos os cinco principais sintomas e, com isso, partimos para a fase de criação dos suplementos, buscando entregar em produtos soluções para aliviar e levar maior conforto para essas mulheres”, conta.
Teresa Baggio, fundadora da Be Back Now
Para Teresa, antes de tudo, as empreendedoras precisam entender a necessidade de valorizar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. "A carreira não deve ser um obstáculo para uma vida equilibrada. O empreendedorismo costuma ser estressante, demandar longas horas de concentração e exigir constante capacitação. Acredito que todos têm o direito de fazer pausas quando necessário, seja para priorizar responsabilidades familiares ou para cuidar da saúde e estudar. Nossa organização trabalha para que essa escolha seja aceita e apoiada, permitindo que as pessoas sejam mais produtivas e atinjam bem estar geral”, ressalta.
Raíssa Assmann Kist, co-fundadora e CEO da Herself
Fundada por Raíssa Assmann Kist vencedora do reality show da Netflix Ideias à Venda na categoria moda, a empresa tem planos de investir em branding e na expansão do e-commerce, principal canal de venda para a marca: “A Herself se orgulha em dizer que é um negócio de impacto com tecnologia única para calcinhas e biquínis menstruais com produção 100% nacional, onde são brasileiras que criam inovação para trazer mais liberdade e conforto para outras mulheres durante o período menstrual. Sua atuação direta na produção e distribuição de produtos tecnológicos e inovadores, pensados para resolver problemas reais, já impactaram mais de 300 mil pessoas”, conta.
Hellen Nzinga, Patricia Zanella e Adriele Menezes, fundadoras da EcoCiclo
Hellen, Patricia e Adriele lideram uma startup inovadora que desenvolveu o primeiro absorvente 100% biodegradável do Brasil. Elas compartilham sua visão sobre sustentabilidade e empreendedorismo. "Acreditamos que o empreendedorismo pode ser uma força para a mudança positiva. Ao incentivar que mulheres possam prosperar através da produção e venda de produtos sustentáveis, estamos não só contribuindo para a redução do impacto ambiental, mas também para uma transformação social. Nosso objetivo é emancipar mulheres oferecendo uma alternativa sustentável que beneficie também o planeta”, afirmam.
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