Clitoromegalia: o que é esse problema e por que os anabolizantes podem causar a hipertrofia do clitóris
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Clitoromegalia: o que é esse problema e por que os anabolizantes podem causar a hipertrofia do clitóris

A busca pela saúde e por um físico mais atlético leva muitas pessoas às academias para a prática de atividades físicas, uma iniciativa bastante benéfica. Os exercícios físicos feitos regularmente tornam possível a conquista de melhores índices de saúde e, claro, também de um maior bem-estar. Porém, apesar de as atividades físicas trazerem inúmeros benefícios aos seus praticantes, algumas pessoas recorrem aos esteroides anabolizantes com o intuito de acelerar o aumento da massa muscular e uma melhoria da capacidade atlética. 

Por definição, os anabolizantes são substâncias sintéticas derivadas da testosterona, um hormônio sexual masculino. Desenvolvidos inicialmente para tratar algumas condições médicas, o produto posteriormente passou a ser implementado — muitas vezes indiscriminadamente — ao cotidiano de atletas de fisiculturismo e também de muitos frequentadores amadores das academias. Os efeitos colaterais possíveis dos anabolizantes são diversos, como danos ao sistema cardiovascular, fígado, rins, alterações hormonais e, no caso feminino, até a hipertrofia (crescimento) do clitóris. 

Denominado “clitoromegalia”, o problema é caracterizado pelo aumento desse órgão feminino altamente sensível e localizado na região genital com o papel essencial no prazer sexual das mulheres. A hipertrofia do clitóris devido ao uso de anabolizantes ocorre por causa da testosterona presente nessas substâncias, resultando em consequências físicas e emocionais. Como resultado do aumento anormal do clitóris, algumas mulheres relatam dores e desconfortos durante o sexo. 

Essa condição de hipertrofia, entretanto, também pode ocorrer devido a outros motivos, não apenas em razão dos anabolizantes, como no caso de doenças congênitas e tumores produtores de andrógenos (hormônios masculinos). O tratamento da clitoromegalia consiste geralmente na interrupção do uso de esteroides anabolizantes, quando aplicável, e na retirada do tumor causador da condição, se for o caso.

Além disso, há também a possibilidade de cirurgia, procedimento que deve ser avaliado cuidadosamente por um médico e decidido como a melhor forma de tratamento ao lado da paciente. Chamada de “clitoroplastia”, o procedimento consiste na remoção do excesso de tecido do clitóris para o restauro da dimensão normal do órgão. 

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