Maria Irineide, co-fundadora do Grupo GD
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Maria Irineide, co-fundadora do Grupo GD

Ela é co-fundadora do Grupo GD, que está no ramo de joias de prata há 27 anos, e vem colaborando para uma mudança estrutural nos negócios da empresa. "No início, a gente só vendia. Hoje fabricamos e vendemos. 99% é fabricação própria, feito em duas fábricas, uma em São Paulo, outra em Limeira", conta Maria Ireneide, empreendedora bem-sucedida. 

Não dá para apontar um campeão de vendas, mas ela conta que modinhas sazonais, lançadas por blogueiras ou por atrizes de novela, costumam fazer sucesso. E como o Grupo abrange todos os processos produtivos, eles conseguem lançar essas modinhas em tempo recorde. "Qualquer peça que seja lançada, a gente consegue produzir", diz. 

A produção é focada só em joias de prata, um produto valorizado. "A prata você pode fundir e ter outra mercadoria, se transforma em um nova peça. Até como penhora a prata é aceita", informa Neide, como é mais conhecida. 

O esquema de vendas mudou depois da pandemia. Antes, era focado no alto atacado, que revendia para lojas. Hoje, boa parte dos negócios é feito com atacadistas de menor porte, sacoleiras de joias que revendem direto para o consumidor final. 

"A gente só fazia venda presencial e teve que se reinventar, tínhamos 60 funcionários na época da pandemia. Foi aí que começamos a vender online, Instagram, eu tinha receio, mas aconteceu um boom. A gente teve que ampliar a empresa, aceitar as inovações e lidar com um mercado desconhecido. Esse atacado era um mercado que a gente não conhecia. Faz pequenas vendas, 100 pedidos com 20, 30, 40 itens. Foi preciso criar processos, departamentos, reestruturar os negócios", relata a empreendedora.

A pandemia gerou crescimento muito grande e a oportunidade de enxergar uma nova oportunidade. Hoje, o Grupo tem 140 funcionários, além de outros 100 terceirizados.

"Nesse novo processo, não basta vender a joia, é preciso aprender a fidelizar o cliente. Não vende antes de conhecer quem está comprando, para que eles saibam revender, e nós damos esse suporte", revela. "Não é vender uma única vez." 

As vendas para o alto atacado se mantém. As fábricas produzem 24 horas e estão com 60% da capacidade. "Pretendemos ampliar um pouco mais", avisa. Há consultoras que atendem o alto atacado. Já o site atende os dois públicos. 

Entre as novidades estão cursos online e presencial para ensinar a clientela qual o conceito da joia, quais as motivações de compra, como abordar o consumidor final e dicas de como fazer o negócio vingar. "Se não reinvestir, em muito pouco tempo você quebra. A margem de lucro é alta, 200%, 300%, mas é preciso saber gerenciar", ensina Neide, que tem como missão dar essas ferramentas para seus clientes. "A primeira venda é fácil, difícil é fidelizar". 

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