O mercado de beleza e estética é conhecida por ser um mercado sazonal devido aos altos e baixos do setor, mas a depilação é uma ramificação que se destaca quando o assunto é se manter em linha reta de sucesso, afinal, os brasileiros (mulheres na maioria) possuem a eliminação do pelos indesejados em sua rotina.
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Foi pensando nisso que a empresária Poliana Sicchieri largou o sonho de se tornar uma cabeleireira bem-sucedida, para se tornar uma empresária de sucesso, com a criação de uma cera própria patenteada, com produtos fitoterápicos que amenizam a dor em até 80% e exclusiva no Brasil, que fez com que ela saísse da vida simples e somasse R$ 1 milhão em vendas em único ano, em apenas um salão.
A Cera Marroquina nasceu a partir de um sonho de seu falecido marido, Cidis Souza. Os dois desenvolveram o produto, que é inovador no País, podendo diminuir 80% da dor, feita com cacau alcalino, hidratando a pele etc. Hoje o produto é distribuido em todo o Brasil e exportado para o Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Turquia e Japão.
“Um dia ele me acordou as 2 horas da manhã e disse ‘Poli, o que a mulher mais gosta?’. Ele se levantou da cama, foi lá, mexeu nas coisas e assim criou a ‘cera de chocolate”, relembra Poliana, que além de gerenciar a empresa e outros dois salões de beleza, também ajuda depiladoras a conquistar a prosperidade financeira revendendo o produto para todo o Brasil e no exterior.
Vendia as próprias roupas para comprar comida
Antes de prosperar e de desenvolver uma marca de cosmético, Poliana Sicchieri passou por algumas dificuldades em sua vida, quando criança e adolescente. “Eu saí da casa da minha mãe e fui morar com meu pai em Batatais/SP. Alguns meses depois, meu pai tinha uma casinha bem simples e precária em um bairro mais afastado na cidade, e lá fomos morar eu e um namorado. Essa foi a pior, mas também a melhor fase da minha vida. Foi ali que eu aprendi a crescer”, relembra a depiladora.
E já teve até que mentir sobre alguns informações para conseguir um emprego em uma loja de um shopping em Ribeirão Preto. “Na época eu recebia R$ 160, mas como eu precisei dizer que morava em Ribeirão Preto para conseguir a vaga e eles só me pagavam o vale-transporte da cidade, eu ainda tinha de desembolsar mais R$ 100 por mês para me locomover de Batatais a Ribeirão, ou seja, sempre faltava dinheiro para as coisas. Alguns meses eu pegava duas ou três peças de roupas, que eu já tinha muito pouco, para vender em um brechó e conseguir o dinheiro para fazer uma refeição por dia, até o próximo pagamento cair”, conta Poliana.
Foi demitida, pois seu chefe disse que não fazia sentido deixá-la ali, porque ela tinha potencial e ficar ali não iria acarretar em nada na vida dela. “Essa foi a demissão mais dolorosa e mais importante da minha vida. Minha única condição era não voltar para casa da minha mãe, mas eu não consegui... precisei ligar e dizer que não sabia o que fazer”, lembra a empresária.
De cabeleireira a empresária milionária
Foi no ano de 2000 que Poliana já havia feito um curso de cabeleireira, afinal, esse era o sonho dela, quando ligou para mãe, ouviu que um amigo poderia ajudá-la, afinal, ele era dono de um salão “muito badalado”, até então.
“Minha mãe me levou para o salão do Cidis [falecido marido], na época eu tinha 17 anos. Ela disse a ele que eu iria trabalhar ali, mas ele estava falido, não tinha nenhum cliente para atender. Eu tinha três meses de seguro-desemprego e minha mãe disse que eu trabalharia de graça e, depois desse período, ela iria me ajudar a abrir um negócio para mim, eu topei e foi assim que comecei a ganhar experiência e a conviver com o Cidis”, explica Poliana, que logo se apaixonou pelo mentor de vida (como a mesma diz) e decidiu ajudá-lo a recuperar a fama e clientes que já tinha tido.
“Eu abandonei a escola, não fazia sentido eu perder quatro horas da minha vida sendo que eu podia estar escrevendo cartas para enviar e captar clientes. Eu panfletava todos os dias, até apareceram algumas pessoas, mas nada que nos ajudasse naquele momento”, conta Poliana, que inclusive estava atendendo uma dessas poucas clientes e teve sua energia cortada, não podendo finalizar o serviço e deixando a mulher ir embora sem nenhum procedimento, momento em que percebeu que precisa fazer algo para mudar de vida.
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Segundo a fundadora da Cera Marroquina, “depois desse episódio, foi aí que eu e o Cidis nos sentamos, batemos as mãos na mesa e dissemos basta. Eu comecei a vasculhar a vida do Cidis e encontrei uma agenda de uma equipe de depilação que havia trabalhado com ele e que fabricava a própria cera de mel e ela era lotada”.
Foi nesse momento que Poliana e Cidis enxergaram a oportunidade e investiram todos os esforços nessa área. “Uma cliente foi, gostou da cera e indicou para outras pessoas. Em três meses a minha agenda estava lotada, não estávamos dando conta de tanta gente, precisamos contratar pessoas”, relembra a empresária, que após anos de muito trabalho e dedicação, construiu um império a partir da depilação com cera.
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