A Central Única das Favelas lançou a terceira fase do programa Mãe da Favela, projeto que irá distribuir cestas básicas às famílias chefiadas por mães solos, moradoras de favelas. O projeto foi criado durante a pandemia, como forma de combater as desigualdades sociais acentuadas pela Covid19.
“Nenhum ato é mais solidário do que impedir que um irmão ou irmã passe fome. Precisamos quebrar de vez esse ciclo de violência chamado fome. Muitas dessas pessoas são mulheres que chefiam sozinhas seus lares. Por isso, além das empresas, contamos muito com as pessoas da sociedade civil que podem doar nesse momento. As doações delas também foi muito importante nas outras fases”, explicou a presidente nacional da CUFA, Kalyne Lima.
Segundo dados do IBGE, o número de desempregados ultrapassou os 15,2 milhões de brasileiros no primeiro trimestre de 2021. Além disso, no mesmo ano, o Brasil também retornou ao mapa da fome. São 116,8 milhões de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.
Nesta nova fase, a CUFA também pretende distribuir gratuitamente botijões de gás aos moradores de favelas. Essa ação é uma parceria com a Petrobras. A distribuição de itens de higiene e kits de utensílios do lar para as pessoas afetadas pelas fortes chuvas, que já atingiram várias cidades do país, neste ano também será uma prioridade para a organização.
“A vacinação avançou, a economia está sendo retomada aos poucos, mas pandemia deixou sequelas graves nas favelas. São 33 milhões brasileiros passando fome. Precisamos reverter esse quadro, e esperamos contar com as mais de 150 empresas que nos apoiaram nesta luta nos outros anos, e com a sociedade civil, que também foi muito importante”, disse o presidente nacional da CUFA, Preto Zezé.